Vamos falar de cidadania?

Com o avanço das novas tecnologias e o fácil acesso aos grandes portais de notícias e redes sociais, tornaram-se comuns atos de repúdios às leis e governantes não só do Brasil, como de todo o mundo (vide a Primavera Árabe). Vista como "terra sem dono", a internet tornou-se o meio mais rápido de propagar pensamentos que, antes, não chegariam nunca aos ouvidos da grande massa devido a censura ainda presente nos grandes meios de comunicação.

De fato, estamos vivenciando um momento único em toda a história. As idealizações, os desejos, as vontades do ser humano estão sendo expostas de forma cada vez mais exacerbada, mesmo com a força esmagadora dos conservadores e da polícia, que hora ou outra nos proporcionam imagens semelhantes às da Ditadura Militar do século passado.

Só neste ano, vários protestos já aconteceram em todo Brasil. Ativistas foram as ruas contra religiosos, marxismo, redes de comunicação, a privatização de espaços públicos, políticos, preconceito, racismo e homofobia, passando a dar inicio a uma corrente de manifestações que certamente não cessará tão cedo. Enquanto no Oriente Médio a rede de movimentos é chamada de Primavera Árabe, as ocidentais podem certamente ser chamadas de Outono Latino, já que esta é a estação onde as folhas caem para dar lugar as novas. Aparentemente, o brasileiro cansou de viver sob a falsa democracia e está preparado para lutar pela sua liberdade.

Em contrapartida, mesmo tendo a faca e o queijo na mão, grande parte dos jovens brasileiros se renderam novamente a uma nova alienação e comodismo que paradoxalmente chama-se internet. Bestializados, se rendem aos gráficos e às máquinas cada vez mais potentes por puro prazer e passam horas produzindo o nada. É preciso deixar claro que as grandes manifestações que rendem lucros à nossa sociedade estão sendo protagonizadas pelos (pouquíssimos!) jovens.

Outro fato importante, é que o arquétipo de grandes pensadores também se dissipou. Antes, um formador de opinião era visto como burguês renomado da alta elite. Hoje, qualquer calçada pode revelar um Freud da nossa geração. É o caso deste vídeo que circula pelo Facebook. Nele, somos surpreendidos por um manifestante paulistano um tanto atípico dos quais já vimos anteriormente e novamente surpreendidos com o show que é dado em apenas 6 minutos de oratória. Vale a pena conferir.

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