Uma Pequena Reflexão sobre o Dia dos Professores


O Dia dos Professores não deve ser marcado só por saudações e parabéns. É preciso lembrar o outro lado, o lado ruim de escolher e seguir fielmente uma profissão que representa 2% da população e certamente é a principal para qualquer sociedade...


Professores não são tratados como nos desenhos animados e seriados de TV. Professor, hoje, neste meu país é como um soldado: sai de casa com a incerteza de como irá voltar e se irá voltar, muitas vezes não é pago, treina batalhões para a guerra da vida – mesmo que boa parte desses batalhões desprezam-na, e apanha em sua própria casa, feito criminoso, por defender o direito de exercer sua profissão com maior dignidade.



Nosso estado é exemplo claro da falta de respeito com professores. Ano passado presenciamos verdadeiras cenas do tratamento desumano que muitas das vezes é dada à essa categoria.


“Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho. A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.”

Paulo Freire
Por isso hoje, caro leitor, saiba que ao parabenizar um professor, você não está apenas elogiando alguém que tem o dom de lecionar. Você está enaltecendo um ser humano que, mesmo apanhando, mesmo sendo humilhado por quem deveria dar o máximo de mérito, trata seu instrumento de trabalho com maior respeito e dedicação possível.

Lucas Martins