O governador Cid Gomes é o único responsável pela greve dos professores da Educação Básica do Estado. A direção do Sindicato – APEOC utilizou todos os canais possíveis para evitar esta greve como instrumento de pressão contra o governo e com vista atender as reivindicações da categoria. Há três anos, julho de 2008, o Congresso Nacional aprovou a Lei do Piso Nacional de Salário do Magistério e a partir desta data o Sindicato – APEOC tenta implantar o piso salarial e a readequação do Plano de Cargos e Carreiras. Infelizmente sem sucesso.
Recentemente, com dados incontestáveis provou o Instituto APEOC, que o professor cearense na escola pública percebe o 5º pior salário do país e o 4º da Região Nordeste. Por outro lado, o IDEB classifica o ensino do Ceará, na escola pública, como o melhor do Nordeste. Comprovando com isto que, apesar do baixo salário, o professor cearense é um excelente educador, mesmo percebendo salário inferior ao professor no Estado do Maranhão.
Indiferente a essa realidade, o governador Cid Gomes arguiu inconstitucionalidade da Lei do Piso. Derrotado no Supremo Tribunal Federal rompeu abruptamente com o processo de negociação e decidiu enviar à Assembleia Legislativa projeto de lei excluindo 80% dos professores efetivos de qualquer reajuste e com isto destruindo a carreira do Magistério da Educação Básica: alterando, reduzindo e extinguindo conquistas dos professores, a exemplo das gratificações de regência de classe, especialização, mestrado e doutorado. Ainda escalonou em ordem decrescente o percentual dos interstícios entre níveis funcionais, bem como desestimulou a busca pela capacitação profissional.
Para o Sindicato – APEOC a greve seria a última opção, e, em respeito às legislações vigentes cumpriu rigorosamente e um ritual de comunicar ao Governo do Estado e demais Poderes Constituídos a realização de uma Assembleia Geral dos Trabalhadores em Educação, para deliberação a decretação ou não da greve.
Com a greve aprovada só resta a instituição respeitar a vontade da categoria, iniciando a paralisação 72 horas após a decisão da Assembleia que ocorreu na tarde desta segunda-feira, 01 de agosto de 2011, no Ginásio Paulo Sarasate.
Fonte: APEOC